Entrevistas


Entrevista

do Pe. Ottomar Schneider com o Pe. Argemiro Ferracioli sobre o andamento do processo de canonização do Servo de Deus João Luiz Pozzobon



Londrina/PR, 08 de julho de 2012



Pe. Ottomar: Caro Pe. Argemiro. Você celebrou seus 25 anos de sacerdócio, em outubro do ano passado, aqui em Londrina. Como Vice-Postulador Romano da causa de canonização do Servo de Deus, está acompanhando de perto este processo canônico. Eu tive a alegria de conviver  com João Luiz Pozzobon nos seus últimos anos de sua vida, em Santa Maria/RS. Esta foi uma das grandes graças que a Mãe de Deus me concedeu ao longo dos meus 40 anos de sacerdócio. Pergunto-lhe, em nome de todos os amigos que acessam o Blog do meu jubileu sacerdotal: Qual é situação atual do processo de canonização de João Luiz Pozzobon?

Pe. Argemiro: A causa do Servo de Deus encontra-se, atualmente, na Congregação para a Causa dos Santos, no Vaticano. Depois que o processo recebeu o Decreto de Validez, são os membros daquela Congregação os responsáveis pelo seu andamento. A causa se encontra em uma fase bem avançada. Nós estamos preparando a chamada “Positio”, para o reconhecimento da heroicidade de suas virtudes. Quando esta for concluída, João Pozzobon receberá o título de Venerável.

Pe. Ottomar: O que falta ao processo de Pozzobon, para chegar à sua meta final, que é a beatificação e canonização?

Pe. Argemiro: Para a beatificação é necessário um primeiro milagre e, um segundo milagre para a canonização, o que ainda não temos. Portanto, precisamos aumentar a nossa confiança na intercessão do Servo de Deus e pedir insistentemente que Deus realize por ele estes dois milagres.

Pe. Ottomar: De que forma e como nós, o Povo de Deus, podemos ajudar, a fim de que o processo de canonização se acelere?

Pe. Argemiro: Todo mundo pode ajudar, rezando para que Deus nos dê o presente dos dois milagres, necessários à beatificação e canonização. Para isso podemos rezar diariamente a oração de beatificação e espalhar a novena pela canonização, que pode ser encontrada nos Santuários da Mãe Rainha de Schoenstatt. Também podemos pedir a mesma pelo endereço: sionmari@terra.com.br Será uma alegria poder atender a todos os endereçados nesta causa de beatificação e canonização do Servo de Deus João Luiz Pozzobon. Em qualquer dúvida, estarei sempre à disposição de todos, neste endereço eletrônico, ou então, no telefone (055) 3221.1092. É sumamente importante, escrever as graças alcançadas e encaminhá-las à Secretaria da Causa de Canonização, no endereço acima indicado.



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Oração

pela canonização do Servo de Deus João Luiz Pozzobon



Deus nosso Pai, fizeste de João Luiz Pozzobon um esposo e pai exemplar, um amigo dos pobres e um incansável peregrino. Ele dedicou sua vida a levar a Mãe e Rainha às famílias, hospitais, escolas e presídios, rezando o terço.

Por isso, Pai, confiante eu peço que, se for da Tua vontade, este Teu servo seja canonizado e, por sua intercessão, eu possa receber a graça que tanto necessito (pedir a graça…).

Assim rezo com Maria, a Grande Missionária, para a Tua Glória, o florescimento da Igreja e a santificação das famílias. Amém.

Pai Nosso, Ave Maria e Glória ao Pai.

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ENTREVISTA
Com o Seminarista dos Padres de Schoenstatt, Deilton de Souza

Santiago do Chile, 10 de julho de 2012

1. Pe. Ottomar: Meu caro jovem Seminarista Deilton. Eu estou comemorando meus 40 anos de um sacerdócio feliz. Fico ainda mais feliz, em poder entrevistar Você, neste tempo de celebração do meu jubileu sacerdotal. Eu lhe pergunto: Como foi o despertar de Sua Vocação? O que o levou a pedir o ingresso na Comunidade dos Padres de Schoenstatt?

Deilton de Souza: Minha vocação surge dentro da Juventude Masculina de Schoenstatt, da qual eu participava ativamente na Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Fátima, em São Bernardo do Campo, São Paulo. Na Juventude Masculina pude realizar, profundamente, o mistério da minha fé e, também, aprofundar minha fé em Jesus Cristo. Neste caminho de fé fui percebendo, que o Senhor sempre me exigia algo mais. E eu sempre estava disposto a fazer aquilo que achava ser de sua vontade.

De fato, posterguei meus estudos universitários, para realizar bem todas as tarefas que eu tinha na Juventude Masculina e, também, na Paróquia como catequista. Neste lugar conheci um âmbito religioso muito bonito e comunitário. Pouco a pouco fui percebendo que o chamado que Jesus me fazia, exigia muito mais renúncias; percebi que Ele me chamava a segui-lo, permanentemente, e com toda minha vida.

Confesso que não foi fácil aceitar esta vocação. Durante um tempo imaginava que era fruto de minha consciência, da minha cabeça. Hoje não tenho dúvida que Jesus me chamou, com todas as coisas que isso envolve. Hoje sou a pessoa mais feliz do mundo. Seguir a Jesus é seguir, profundamente, o mistério da sua vida. E isso me torna feliz e realizado.

Tudo o que eu tenho feito neste tempo tem sido uma grande aventura de amor. Deus me chamou para amar, profundamente, a todos e a Ele mesmo. Minha vocação só tem sentido no vínculo, no serviço e na entrega aos demais.

Minha vocação também é fruto da minha relação com a Virgem Maria, com a Mãe. No Santuário de Schoenstatt Ela foi me educando e conduzindo a Jesus. Sem dúvida, foi Ela que me mostrou o caminho da minha vocação e, até hoje, esta vocação permanece viva, por causa de nossa Aliança de Amor selada no seu Santuário.

Maria me mostra todos os dias o segredo de seguir a Jesus. Sem dúvida alguma, minha vocação é fruto do seu Santuário. Por causa de minha profunda relação com Schoenstatt, não tive dúvida, de que minha vocação deveria realizar-se nos Padres de Schoenstatt. Pois, durante este tempo de discernimento, alguns deles me acompanharam e me ajudaram a tomar uma decisão livre e coerente com minha vida. Com sua ajuda pude descobrir que Deus esteve presente e atuando na minha vida, na minha família, em todos os âmbitos de minha atuação.

Hoje professo a minha convicção de fé: A minha vocação está pensada por Deus na Comunidade dos Padres de Schoenstatt. Disto eu não tenho dúvida!


Pe. Ottomar: Você estuda no Colégio Maior Padre José Kentenich, em Santiago do Chile. Onde fica este Colégio e como é a vida dos Seminaristas nesta Casa de Formação? Quantos Estudantes ocupam atualmente este espaço de preparação ao sacerdócio? Há um Santuário junto ao Colégio Maior?

Deilton de Souza: Eu estudo em Santiago, na Pontifícia Universidade Católica do Chile. Moro no Colégio Maior Padre José Kentenich, que é o Seminário Internacional dos Padres de Schoenstatt. Aqui moramos em 49 Seminaristas – brasileiros, argentinos, chilenos, espanhóis, mexicanos, uruguaio, paraguaios, equatorianos, norte-americanos – e três Sacerdotes formadores. Nossa vida, nesta etapa, consiste em formar-nos academicamente – filosofia e teologia –. Recebemos, também, uma formação espiritual, religiosa, apostólica e comunitária. Na nossa Casa temos um Santuário da Mãe e Rainha Três Vezes Admirável de Schoenstatt. Este Santuário ocupa um lugar central no terreno de nosso Seminário. Ele é o centro de nossa vida, nele entregamos toda nossa vida e vocação à Mãe de Deus.

3. Pe. Ottomar: Em que altura dos estudos Você se encontra e o que vai fazer nos próximos meses de Sua caminhada, rumo ao Sacerdócio nos Padres de Schoenstatt?

Deilton de Souza: Eu estou no quinto ano da minha formação. Já terminei os estudos de filosofia e neste ano comecei a formação teológica. A partir de agosto de 2012 estarei realizando um estágio pedagógico no Brasil. Este estágio consiste num trabalho específico com a Juventude Masculina de Schoenstatt. Também se agrega uma tarefa, para a realização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que terá lugar no Rio de Janeiro, no próximo ano, de 23 a 28 de julho de 2013. Será uma alegria, poder ajudar a preparar e participar deste evento da Juventude com o Santo Padre, Bento XVI.
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Entrevista

 com o Pe. Jean Bernard Mazuro


Instituto Secular dos Padres de Schoenstatt


Londrina, 24/07/2012







1. Pe. Ottomar: Caro Pe. Jean Bernard Mazuru! Nós tivemos a alegria de tê-lo por alguns meses em nosso meio, aqui em Londrina. Queira apresentar-se à todo o Movimento de Schoenstatt no Brasil. Fale-nos um pouco da Sua origem, da Sua terra natal e dos seus sonhos.





- Pe. Jean Bernard: Eu sou originário de um país africano que se chama Republica Democrática do Congo. Venho de uma familia profondamente religiosa. Cedo aprendi a rezar e, especialmente, a me dedicar ao serviço da Igreja. Foi essa dedicação que se tornou a base da minha vocação sacerdotal. Sou Padre a 5 anos. Meu sonho é dedicar os meus esforços sacerdotais à juventude de meu país. Estou, aqui, no Brasil para aprender, como trabalhar com a juventude. Tenho certeza, de que a espiritualidade de Schoenstatt pode ajudar a construir uma nova África, uma África sem guerras, sem fome e sem miséria, uma África de sonho por um futuro novo! Uma África, onde cada criança e cada jovem poderá sonhar um futuro melhor !





2. Pe. Ottomar: Pe. Jean Bernard, como foi o seu primeiro contato com o Movimento de Schoenstatt e como se decidiu para abraçar a vocação na Comunidade dos Padres de Schoenstatt? Onde e como se deu a Sua formação e ordenação sacerdotal?





- Pe. Jean Bernard: Foi por pura providêcia divina que eu conheci o Movimento de Schoenstatt. Eu estava na faculdade, quando recebi un livro que falava a respeito da Comunidade dos Padres de Schoestatt. Foi nesta oportunidade que decidi entrar em contato com a Comunidade dos Padres de Schoenstatt, sem saber que esta estava ligada ao Movimento de Schoenstatt. Logo, os Padres me disseram que para ser um bom Padre de Schoenstatt, precisaria conhecer a espiritualide de Schoenstatt. Então, comecei a aprofundar-me nessa espiritualidade e entrei na Comunidade, pouco depois de selar a minha Aliança de Amor com a Mater ter admirábilis de Schoenstatt. Eu fiz a minha formação sacerdatal em Burundi, um país vizinho do Congo. Esse país fica bem próximo do meu país. Fui ordenado sacerdote pelo então Arcebispo de Santiago de Chile, o Cardeal FRANCISCO JAVIER ERRÁZURIZ. Minha ordenação se deu no dia 27 de agosto de 2007. Logo depois de minha ordenação, trabalhei na seleção das vocações para nossa Communidade dos Padres de Schoenstatt. Trabalhei, também, como Diretor do Movimento de Schoenstatt na nossa região.





3. Pe. Ottomar: Pe. Jean Bernard, como avalia a Sua passagem pelo Brasil? Quais foram os Seus melhores contatos? Que leva de proveitoso para o Movimento de Schoenstatt em Seu país? E como sente o Seu retorno à África?





-      Pe. Jean Bernard: Eu gosto, gostei e sempre gostarei desse país maravilhoso, o Brasil. Para mim o Brasil é um arco-íris de Deus. O povo brasileiro é um povo alegre, acolhedor e, com um grande coração. O Brasil e o povo brasileiro ficarão para sempre no meu coração. Os melhores contatos que aqui tive, foram, pripalmente, com os Padres de Schoenstatt e com os Cristãos de Jaraguá, SP, e aqui, em Londrina. Tive, também, um contato bom e pessoal com o JUMAS de Londrina. Agradeço muito a meus superiores, que me deram essa oportunidade,  para conhecer a Igreja no Brasil e, especial, o JUMAS de Londrina. O que aprendi, ficará para sempre no meu coração. Passei momentos inesquecíveis com os Cristãos em geral e, em particular, com a Juventude de Schoenstatt de Londrina. Eu vim para cá com um objetivo bem claro: Conhecer, como trabalhar com a Juventude de Schoenstatt, para poder levar essa experiência  para África.


Nesto momento, estou com muita alegria, por aquilo que eu vi e o que  experimentei, aqui, nesta terra abençoada. Agora, só falta aplicar na África, tudo o que aprendi no Brasil. Estou cheio de vontade e tenho pressa para iniciar o meu trabalho no meu país.
Levo comigo dois sentimentos. O primeiro, um sentimento de tristeza, porque devo ir embora, deixando atrás meus amigos brasileiros. Isso não quer me deixar tranquilo. O segundo sentimento, é a alegria de reencontrar a terra dos meus antepassados e meus irmãos africanos.
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