CÂNTICOS DO ANO 1965
Diocese de Santo Ângelo
Letra: Pe.
Ottomar Pedro Schneider
Música: Avelino
Klein (Marista)
1.
Sob
as ordens da Mãe Admirável,
com a lança e a trolha na mão,
construamos o Reino de Schoenstatt
nesta terra de antiga missão.
2.
Pertencemos
à estirpe escolhida
dos apóstolos leigos da Igreja,
pois, a Mãe Admirável de Schoenstatt
nos chamou lá onde a messe loureja.
3.
Nessas
plagas vibrantes de história,
ao clarão dos heróis missioneiros,
dá-nos, Mãe Admirável de Schoenstatt,
nos tornar do Santuário os obreiros.
Juventude
Masculina de Schoenstatt
1.
Juventude
inflamada por Schoenstatt,
Nós herdamos o fogo sagrado
Dos heróis que tombaram na arena
Do Rio Grande do Sul abençoado,
Por amor à Rainha Celeste.
Refrão
A vós, Rainha amada,
a vida consagramos!
Torna-nos luz na estrada,
dos jovens que encontramos,
errantes pela vida
sem meta definida.
2.
Lado
a lado marchamos alegres
Com Engling e Roque Gonzales,
Nossos mestres na escola da vida,
Em conquista de montes e vales,
Para o Reino da Mãe Admirável.
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Pe. Ottomar Schneider
Schoenstatt, 25 de março de 1972
Poema Escrito por Ocasião de minha Ordenação Sacerdotal,
07 de outubro de 1972
Nós, Maria!
1. Onde quer que eu ande – eu e tu,
onde quer
que eu pare – tu e eu:
em caminha
ou em casa – eu e tu,
em tudo e
com todos – tu e eu;
agora e
sempre – eu e tu, tu e eu,
nós, Maria!
2. Quer na aurora da vida – eu e tu,
quer no
ocaso dos anos – tu e eu:
na mocidade
ou na velhice – eu e tu,
em tudo e
com todos – tu e eu;
agora e
sempre – eu e tu, tu e eu,
nós, Maria!
3. Quer celebrando a Eucaristia – eu e tu,
quer no
cultivo dos trigais – tu e eu:
no altar ou
no campo – eu e tu,
em tudo e
com todos – tu e eu,
agora e
sempre – eu e tu, tu e eu,
nós, Maria!
4. Quer no ofertório da virgindade – eu e tu,
quer na
comunhão do matrimônio – tu e eu:
no Santuário
ou no lar – eu e tu,
em tudo e
com todos – tu e eu;
agora e
sempre – eu e tu, tu e eu,
nós, Maria!
5. Quer na primavera do amor – eu e tu,
quer no
outono da fidelidade – tu e eu:
no Tabor ou
no Calvário – eu e tu,
em tudo e
com todos – tu e eu;
agora e
sempre – eu e tu, tu e eu,
nós, Maria!
6. Quer junto ao leito do enfermo – eu e tu,
quer ao
redor da lareira – tu e eu:
no hospital
ou na estrada – eu e tu,
em tudo e
com todos – tu e eu;
agora e
sempre – eu e tu, tu e eu,
nós, Maria!
7. Quer os braços cobertos de rosas – eu e tu,
quer as mãos
repletas de espinhos – tu e eu:
na alegria
ou na dor – eu e tu,
em tudo e
com todos – tu e eu;
em tudo e
com todos – eu e tu, tu e eu,
nós, Maria!
8. Quer peregrino na existência – eu e tu,
quer na
eterna paz do Senhor – tu e eu:
na terra ou
no céu – eu e tu,
em tudo e
com todos – tu e eu;
agora e sempre
– eu e tu, tu e eu,
nós, Maria!
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O “filho das tulipas” foi enviado por Deus
Porto Alegre, Páscoa de 2012
P. Ottomar Schneider
No tempo da floração das tulipas, Ricardo nasceu. Razão porque leva na vida o cognome de “filho das tulipas”.
É o rebento mais novo de Ana e Breno. Grandes esperanças repousam sobre o recém nascido.
Os pais vivem da plantação de tulipas.[1] Além dos empregados, os filhos ajudam no cultivo das flores.
Passam os anos e o menino cresce forte e feliz. Na idade escolar inicia a aprendizagem das primeiras letras.Após alguns meses, o aluno depara-se com problemas. Os educadores percebem sua dificuldade para ler.Será alguma deficiência visual? Os pais nunca repararam, que os olhos de Ricardo lacrimejam sem cessar.É preciso levá-lo ao médico. O oftalmologista constata: Desde pequeno o menino luta com uma conjuntivite crônica.Qual seria a causa? Não é preciso longa pesquisa. O bulbo das tulipas contém cristais de oxalato de cálcio.Manipulados liberam um pó. E este pode provocar conjuntivites, rinites e, até mesmo, crises de asma.Ricardo terá que afastar-se do cultivo das tulipas. Ana e Breno já decidiram: O filho irá morar na casa do avô materno.Jerônimo sente-se feliz. Irá acompanhar de perto os estudos do neto. Se depender dele, fará de Ricardo um advogado bem sucedido.Qual não foi sua surpresa, quando o estudante manifestou o desejo de tornar-se sacerdote. Irá ingressar na Comunidade dos Presbíteros de Schoenstatt.Os anos de preparação decorrem velozes. Colegas e formadores admiram a conduta de vida do “filho das tulipas”.Finalmente, raia o anelado dia da ordenação sacerdotal. Como era de esperar, lindas tulipas adornam a igreja matriz.Na homilia, o Bispo enfoca as “conjuntivites espirituais” do tempo atual. Padre Ricardo é um escolhido de Maria para superá-las.Assim, o “filho das tulipas” foi envidado por Deus.
[1] A tulipa L. é um gênero de plantas angiospermas (plantas com flores) da família das liláceas. Com cerca de cem espécies, as tulipas têm folhas que podem ser oblongas, ovais ou lanceoladas (em forma de lança). Do centro da folhagem surge uma haste ereta, com flor solitária formada por seis pétalas. Cores e formas são bem variadas. Existem muitas variedades cultivadas e milhares de híbridos, em diversas cores, tons matizados, pontas picotadas, etc.
O bulbo contém alcalóides termoestáveis e cristais de oxalado de cálcio. Manipulados liberam um pó que pode provocar conjuntivites, rinites e até crises de asma.
As tulipas são originárias da Turquia e não dos Países Baixos, como o senso comum leva a imaginar. Foram levadas para os Países Baixos em 1560 pelo botânico Conrad Von Gesner. O nome da flor foi inspirado na palavra turco-otomana tülbend, posteriormente afrancesada para tulipe, que originalmente significa turbante, considerando a forma da flor invertida. Algumas referências defendem que as tulipas seriam originárias da China, de onde teriam sido levadas para as montanhas do Cáucaso e para a Pérsia.
Chinesas ou turcas, o fato é que elas se transformaram numa paixão para os neerlandeses e essa paixão foi tanta, que gerou até uma especulação financeira, envolvendo os bulbos desta planta, chegando a ser a quarta maior fonte de renda do país, na que ficou conhecido como mania das tulipas (ou tulipamania). A área mais antiga de cultivo de tulipas nesse país é a que circunda a cidade de Lisse. Hoje, é a flor nacional da Turquia (é nativa lá) e do Irão.
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Retorno à Pátria
Pe. Ottomar P. Schneider
Schoenstatt, Vallendar, Alemanha, 1967
1. Da Pátria bem distante,
perdido em meus cismares,
contemplo o teu semblante,
ó Terra dos Palmares!
2. Às água borbulhantes
dos rios em tuas serras,
há poucos semelhantes
no val de outras terras.
3. O chilrear canoro
de tuas aves mil
não chega, onde moro,
distante do Brasil.
4. Em ti estão os entes
a quem meus olhos buscam:
ah! Não estão presentes,
distâncias os ofuscam!
5. Bem outros são os rostos
que aqui me dão sorrisos;
não têm os mesmos gostos
seus lábios indecisos.
6. Teus filhos espalhados,
em tuas longes terras,
são bem mais estreitados
no amor que tu encerras.
7. Bem cedo a Aparecida
mostrou aos filhos teus,
que a história é conduzida
por mão do próprio Deus.
8. E tu jamais lograste
fugir ao teu destino:
no céu a cruz herdaste,
sinal do amor divino.
9. Eis, Pátria idolatrada,
porque retorno a ti!
Tu és a mãe cercada
ao berço em que nasci.
10. São muitos os encantos
que Deus aqui semeou;
mas eu não sei seus cantos
e, afeito a ti, eu vou!
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Este Poema foi escrito por Pe Ottomar,Ressurreição de Cristo
na década de 50, em Passo Fundo/RS
No silêncio da noite santa,
quando tudo é dormir sereno,
uma luz qual sol se levanta
sob a tumba do Nazareno
É Jesus, Vencedor da Morte,
que abandona o jazigo escuro,
onde guardas se dão à sorte
de vigiar um Corpo inseguro.
Ao romper o clarão do dia,
Madalena, desfeita em pranto,
ouve a voz que lhe diz: - Maria!
- Eis o Mestre que eu amo tanto!
E em seus olhos de anil porfia
a conquista de um Reino Santo.
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